quinta-feira, 29 de julho de 2010

Vamos Falar de Política?

2010, ano de acontecimentos importantes como copa do mundo e eleições.
Eleições, época em que exercemos o nosso direito conquistado de escolher os nossos representantes na política.
Política, palavra que possui uma parente bem próxima, a politicagem, mas não confundamos, parentes só na grafia, pois no conceito são completamente opostas.
Quando falamos de política, falamos da arte exercida por alguns indivíduos que são escolhidos por uma população que lhe dá poderes para que tomem as melhores decisões para o bem comum de todos, em prol dos direitos e da cidadania.
Contradizendo esses princípios, no Brasil temos o domínio da politicagem, uma deformação da política, em que os lucros se tornam foco.
Nessa prática deixa de existir o cidadão como centro das preocupações dos governantes e os interesses se transformam em acordos milionários, trocas de cargos, trocas de apoio político e de vários outros atos ilícitos que são motivo de vergonha para o nosso povo, que apesar de toda a decepção, a cada eleição renova sua esperança de que tudo vai ser diferente.
Mas como lei natural das coisas, todo sistema que não funciona conforme o necessário, vai desencadear em alguma irregularidade. Há os que dizem que não ligam para política, que não faz diferença em suas vidas, uma afirmação de que discordo totalmente.
A partir do momento em que há sobreposição de politicagem à política, criam-se cargos desnecessários para agregar os que deram apoio político aqui, um desvio de verba de uma obra ali, e consequentemente o impacto será maior sentido quando um filho seu, ficar dias sem aula porque os professores resolveram fazer greve para protestar contra os péssimos salários, ou quando se precisar do Sistema Unico de Saúde e não conseguir atendimento devido à superlotação.
Por isso, por mais que existam vários praticantes de politicagem que mancham a imagem dos políticos que querem representar os cidadãos, ainda assim, a política é um assunto que deve ser de interesse de todos nós, pois influencia diretamente em nossas vidas.
Especialmente nessa campanha de 2010, quando vemos trocas constantes de "farpas" entre os dois principais partidos que concorrem à presidência, não vamos nos esquecer de acontecimentos como mensalão, mensalinho, caixa dois e outros acontecimentos que marcaram negativamente nosso histórico político.
Precisamos de representantes que trabalhem e realmente exerçam seus cargos e não que só se reunirão até altas horas da noite e defenderão com unhas e dentes uma causa somente quando esta, fôr o aumento seu próprio salário, considerando que não é um salário recusável frente ao salário mínimo, que passa por um processo de mágica quando um pai de família o recebe para cobrir todos os gastos.
O conselho que eu como eleitora também, dou a todos é de que coloquem em uma balança todas as informações que conseguirem dos candidatos que julguem melhores, verifiquem o histórico político de cada um e analisem suas propostas, assim fica mais fácil encontrar aquele que irá melhor nos representar. E só como detalhe, ficha limpa conta como pontos na balança hein? Como se isso não fosse uma característica primordial a todos eles.


Ly Mendes.













terça-feira, 27 de julho de 2010

Mulheres são de Vênus e Homens são de Marte?



Lembro-me de quando era criança e a diferença entre meninos e meninas, nas palavras de minha mãe, é que os meninos teem torneirinha e as meninas não.
Naquela época, eu nem imaginava que algum tempo depois, isso seria só um detalhe frente à diferença entre os dois universos, o masculino e o feminino.
Parando para pensar no significado da frase mulheres são de vênus e homens são de marte, o que me veio à mente em um primeiro instante, que Vênus além de ser um planeta "mais delicado" que Marte, nos remete também à mitologia grega, onde Vênus é a deusa do amor e da beleza, e Marte, que na mitologia romana é o deus da guerra, representação da força e virilidade.
O ponto em questão é: o que difere homens de mulheres, isolando-se suas diferenças físicas?
Houve um tempo em que as mulheres tinham como papel cuidar do lar, não possuiam papéis na sociedade, enquanto os homens desenvolviam os negócios e carregava consigo a imagem da família, o que tornava a visão que a sociedade teria de sua família dependentede seu comportamento.
Mas como dizia Marx a respeito da mulher, ela tem a graça e a magia, e tem a fúria da revolução.
E foi justamente dessa fúria, uma fúria boa diga-se de passagem, que saiu a força para que o chamado sexo frágil deixasse de ser frágil e se tornasse forte. Forte o bastante para que muitas mulheres conquistassem o nosso direito de cidadãs, de profissionais e de uma figura que ainda cuida do seu lar, mas tem escolhas e o poder de decisão.
Ao longo dessas lutas, as mulheres nunca quiseram conquistar o lugar dos homens, mas sim a igualdade, igualdade de direitos e também de deveres e na sociedade contemporânea, nós mulheres temos mais do que nunca a chance de mostrar que homens são de marte e as mulheres também podem ser.
Liliane Mendes.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

A Vida Alheia Como Combustível.

Apesar de ter iniciado a pouco tempo o curso de jornalismo, uma das palavras que se destaca como a que vai nos acompanhar não só durante o curso, mas também durante toda a carreira profissional, é a ética.
Ética, uma palavra tão pequena sintaticamente falando, mas carregada de significados que a torna insustentável para alguns. Em um mundo tão globalizado e capitalista, onde fica o espaço para ser ético, quando isso vai de frente a forças aparentemente mais fortes como dinheiro e poder?
Quando se tem acesso a tanta informação, o que podemos classificar como comunicação?
Tenho acompanhado o caso Eliza Samúdio e fiquei chocada com a notoriedade que os diversos veículos comunicacionais que estão cobrindo o caso buscam. Cada vez que ligo a televisão ou pego um jornal, tenho a sensação de que o tudo está começando do zero, tamanha a quantidade de pessoas que se envolvem diariamente no caso. Para a imprensa, ressalvo que nem todos os veículos, mas a maioria, qualquer um que quiser falar ganha vez e voz.
É alarmante perceber como um evento tão grandioso e que foi realizado em um continente com tanta desigualdade social, que recebeu de braços abertos o mundo para a festa de união de todos os povos, foi quase totalmente ofuscado em nosso país por um caso que apesar de todos os boatos, todos os supostos participantes e toda a atenção dada pela imprensa, ainda não tem sequer uma prova que o leve a uma direção correta das investigações.
Cita-se nomes, culpa-se pessoas, sem se saber o que de fato aconteceu.
Não que o caso não seja de importância para a sociedade, e claro, que se houveram crimes os culpados deverão ser punidos, mas o que mais me entristece como futuro membro dessa imprensa é ver que para estar à frente do outro, ou para levar os créditos, a dor de várias pessoas e o direito de defesa de outras, se transformou em um verdadeiro circo de horrores. O que se torna a ética em casos como esse? Onde está a utilidade pública de acompanhar um caso onde os personagens vão de mocinhos a vilões de um dia para o outro?
São questionamentos que nos fazem pensar em que receptores de infomação estamos nos tornando.
Acho que não deve ser tão importante o fato da África, depois de sofrer mais de trinta anos com a história de preconceito racial no apartheid, ter dado o exemplo de superação, e de boa recepção aos seus irmãos de todo o mundo, pois por aqui muitas pessoas estavam curiosas por saber o desfecho de uma história que ainda não teve sequer, o seu roteiro terminado.
Liliane Mendes.

Pesquisar este blog