segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Jornalismo de Revista.



Analisando os impressos, percebemos que os jornais diários tinham um papel muito importante, principalmente antes da difusão dos meios eletrônicos de comunicação, pois eles eram os principais veículos de informações novas, já que circulavam diariamente. Com o avanço da tecnologia e dos meios de comunicação e veículos eletrônicos, os jornais diários tiveram que mudar seu formato e se adequar ao novo mercado, encontrando seu espaço oferecendo ao leitor um aprofundamento das reportagens pois não tinham possibilidade de competir com a velocidade e o imediatismo dos meios eletrônicos como a internet e a televisão.Os meios de comunicação impressos possuem uma profundidade maior na abordagem das informações.
A competição dos impressos com os meios eletrônicos é um problema ainda maior no caso das revistas semanais de informação. As revistas acabaram por criar um modelo mais analítico e interpretativo de cobertura dos fatos. O jornal diário varia os fatos de um dia para o outro, no caso da revista, segundo Vilas Boas, por ela dispor de um tempo maior para informar, analisar e interpretar o fato, ela não busca extremos de imparcialidade, já que a imparcialidade é um mito da imprensa diária. Um mesmo texto pode conter informação, análise, interpretação e ponto de vista, e outro papel importante da revista semanal de informações é assumir mais declaradamente o papel de formadora de opinião.
Entretanto, mesmo que assuma mais declaradamente esse papel, as revistas não se apresentam como veículos de jornalismo opinativo – a opinião explícita também é separada graficamente das reportagens informativas, ou, mais propriamente, interpretativas: o jornalismo típico de revista é o jornalismo interpretativo, que busca não apenas informar acerca dos fatos, mas buscar os antecedentes, a contextualização e as conseqüências dos fatos noticiados.
A revista diferentemente do jornal compreende uma grande variedade de estilos, além do texto em si, nas revistas temos um conjunto que age em sintonia para formar o texto final, entre os elementos desse conjunto estão a fotografia e o design, tudo pensado de forma a ampliar o entendimento e a absorção do conteúdo pelo leitor.
O texto em revista é mais literário que o texto em jornal, pois admite o uso estético da palavra e recursos gráficos de modo bem mais evidenciado, se tornando mais artística sua produção sob os aspectos da programação visual.
Já dentro da classificação das revistas temos a subdivisão em três grupos que são o grupo das ilustradas, das especializadas e as de informação em geral, é valido observar que quanto mais direcionada à massa e de público amplo for a revista mais o repertório lingüístico será de formas tradicionais e que sejam confirmadas pela sociedade, uma vez que transpõe expressões populares para o seu uso corrente.
Além desses aspectos, as revistas também devem conter em seus textos frases criativas e dar pistas do conteúdo das matérias em seus títulos de forma a estimular o leitor a pensar e ter curiosidade para desvendar o que lhe foi proposto.
No jornalismo de revista também há o uso de critérios de valor, com um esforço muito maior de quem escreve esse tipo de texto, pois não somente noticiam um fato, mas apresentam a notícia em profundidade, sendo objetivos e puxando cordão dos fatos, ou seja, o jornalista apresenta todo o contexto pré e pós notícia, tornando assim o fato muito mais fácil de ser mais do que entendido, compreendido.
O produtor de textos para revistas deve evitar os vazios informativos, identificando as notícias de valor absoluto, que despertam interesse em todos ou na maioria possível de pessoas. Deve-se levar em conta também os critérios da atualidade como o sensacionalismo, que nesse caso pode constituir uma forma de sedução para o leitor.
A função básica das revistas é oferecer aos leitores uma visão geral dos acontecimentos relatados diariamente nos jornais, quando elas tem versões variadas, se torna um atrativo a mais para o leitor, a personalização ameniza a preocupação com a uniformidade das linhas editoriais e também das angulações de cada matéria.
É importante frisar que o texto de revista em conjunto, esconde uma tendência, que é nada mais que a inclinação de seus leitores, nenhuma revista é assinantes totalmente parcial, elas devem ser fiéis principalmente ao perfil de seus que no Brasil, é uma das principais fontes de subsistência das revistas. Escolher os temas que vão compor uma edição de jornal ou revista é a primeira maneira de expor a ideologia de uma empresa jornalística. A decisão sobre o que é, e o que não é notícia acaba sendo fruto de critérios subjetivos dos responsáveis pela seleção da informação a divulgar,mas de qualquer forma a escrita de revista contribui para uma leitura mais crítica e rica em detalhes de informações.´
Ly Mendes

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

John Lennon, Uma Vida, Um sonho.

O cantor, compositor e escritor John Winston Lennon nasceu em Liverpool, na Inglaterra em outubro do ano de 1940, filho de Alfred e Julia Lennon, teve uma infância conturbada, com muitos problemas na família, e acabou sendo abandonado por seu pai e criado por sua sua mãe e uma tia.
Na primeira vez em que ganhou uma guitarra, por surpreendente ironia do destino, John tinha dificuldade em aprender os acordes, então sua mãe o ensinou com a ajuda de um banjo e um ukelele, que eram instrumentos menos complicados para o garoto.
John era um garoto inteligente e estudou em escolas como a Quarry Bank Grammar School em Liverpool, onde fundou em 1956 a banda de rock The Quarrymen, que mais tarde se tornaria o estrondoso sucesso que foram os Beatles. A aproximação com o melhor amigo de banda, Paul McCartey se deu de uma forma triste, com a morte de sua mãe que foi atropelada, John recebeu o apoio de Paul, que também havia perdido a mãe que estava com câncer.
Depois da morte de sua mãe John se tornou um aluno problemático, mas ainda assim foi aceito na Liverpool College Of Art, onde conheceu sua futura esposa, Cynthia Powell. Em 1960 surgiam Os Beatlles, banda em que John era destaque e que passou por diversas mudanças até sua formação final, composta por mais três integrantes, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr.
“Não há progresso sem mudança. E quem não consegue mudar a si mesmo, acaba por não mudar coisa alguma”. Essa frase ilustra perfeitamente a mudança de comportamento de John, que no início teve receio de aceitar Paul na banda, devido ao maior talento para a música, John não só mudou seu pensamento e sua atitude aceitando o amigo na banda, como mudou várias gerações com sua música.
Um dos primeiros sucessos da carreira de John foi a canção Love me Do em 1962, ano em que ele também se casou com Cynthia Powel, com quem teve um filho, Julian Lennon. No ano de 1963 lançou o álbum Please Please Me, que alavancou a carreira do grupo na Inglaterra e nos Estados Unidos, dando início à beatlemania, com muitos seguidores e tornando sua música uma mania mundial. John era responsável pela maioria das composições dos Beatles, e escreveu canções como "I'm a loser" e "You've got to hide your love away", que fizeram grande sucesso.
Em 1967 com a morte de Brian Epstein, empresário dos Beattles, o grupo se desestruturou e o clima se tornou mais tenso quando a esposa de John pediu o divórcio alegando infidelidade, ele se separou e passou a viver com a artista plástica Yoko Ono, com quem estava tendo um caso, isso não agradou nada ao grupo que se desfez em 1970 quando Paul McCartney, para a tristeza dos fãs anunciou o fim dos Beatles,
“ A arte é uma mentira que revela a verdade”, e John se utilizou da arte e de seu sucesso como artista para após o término de sua banda, juntamente com Yoko divulgar um evento pela paz, algo pelo que ralmente ele acreditava que valia a pena lutar. Eles iniciaram o movimento chamado de "Bed in", ou "John e Yoko na cama pela paz". Eles se envolveram em vários eventos políticos com a promoção da paz mundial, e principalmente pelo fim da Guerra do Vietnã.
Após o fim dos Beatles John teve uma trajetória de reconhecimento e de dificuldades, foi extraditado dos Estados Unidos de 1973 a 1975. Quando voltou, em 1980 planejava juntamente com sua esposa Yoko dar prosseguimento ao trabalho de promoção da paz, porém na noite de 8 de dezembro de 1980, John foi assassinado por um fã em frente ao apartamento onde morava em Nova Iorque, no edifício Dakota, em frente ao Central Park.
A notícia da morte de John Lennon, chocou o mundo e uma multidão de fãs se juntou em frente ao Dakota, com velas e cantando canções de John e dos Beatles. O corpo de John foi cremado no Cemitério de Ferncliff, em Hartsdale, cidade do estado de Nova Iorque, e suas cinzas foram guardadas por Yoko Ono.
Para os fãs que acreditaram no poder de suas palavras e na sua vontade de um mundo melhor, hoje 30 anos após sua morte, ainda ecoam em suas mentes o sonho de uma pessoa que transformou o sonho de milhões. “Imagine não existir países, não é difícil de fazê-lo, nada pelo que matar ou morrer e nenhuma religião também, imagine todas as pessoas, vivendo a vida em paz, você pode dizer que eu sou um sonhador, mas eu não sou o único, espero que um dia você se junte a nós e o mundo, então, será como um só.”.
Foi essa a mensagem de um sonho traduzido através da letra da música Imagine produzida por John em 1971, após o fim de sua carreira, e até hoje ele ainda arrebata multidões com seu ideal e seu objetivo que era promover a paz mundial. E apesar de ter partido a 30 anos, seu legado é transmitido de geração a geração que nunca deixam morrer o sonho que se transformou no sonho de milhões de pessoas.
Ly Mendes.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Adolescentes que Mandam.

Os adolescentes cada vez mais estão se tornando grandes consumidores, pois à medida que crescem aumentam suas necessidades e demandas, e como conseqüência se tornam público alvo de muitas empresas, principalmente no ramo das inovações tecnológicas e vestuário, já que são irreverentes e gostam de lançar tendências. Eles possuem características diferenciadas por serem fiéis e formadores de opinião, mas são difíceis de serem agradados, pois apesar de muito parecidos, possuem vontades bem singulares.
São bastante influenciáveis, exigentes e cada vez mais, buscam conhecimentos, ficando bem informados e antenados, tornando assim um mercado difícil de ser trabalhado pois a cada dia procuram algo diferente e novo. Quem resolve trabalhar com esse tipo de público deve ficar atento, pois os adolescentes hoje são críticos em relação ao que consomem.
Outra observação a se fazer com relação a esse público é a preocupação com o meio ambiente, que vem aumentando gradativamente. Para muitas meninas por exemplo é fashion usar uma ecobag (sacola ecológica), ou qualquer outro artigo que estimule um consumo ecologicamente correto.
Esse público vem se destacando também nas ações dos adultos, querendo tudo o que eles fazem como consumidores, como por exemplo possuir cartões de crédito, contas bancárias, compra de aparelhos com tecnologia avançada e também influenciar nas compras das famílias, onde os pais para suprir a ausência compensam com bens materiais.
As empresas devem observar também a classe que deseja atender. Quando se decide, por exemplo, trabalhar com o público adolescente das classes C e D, um bom investimento pode ser os produtos de beleza já que não são completamente satisfeitos com a aparência física, ou produtos que significam status para eles, como o celular. Já para os de classe mais elevada produtos de marca podem ser uma boa opção. Mas as empresas devem sempre se preocupar em oferecer abordagem diversificada e personalizada, valorizar o conhecimento que eles possuem, e buscar identificar o visual, comportamento e linguagem dos mesmos para que consigam atraí-los.
Li Mendes

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O falar dos mineiros - Um patrimônio nacional.


Esse texto não é de minha autoria, mas como valorizo imensamente Minas e suas belezas, vou compartilhá-lo com vocês, espero que gostem.

DICAS PRA VIVER EM MINAS - Excelente!

Felipe Peixoto Braga Netto (1973) afirma que não é jornalista, não épublicitário, nunca publicou crônicas ou contos - não é, enfim,literariamente falando, muita coisa, segundo suas próprias palavras. Paulistano, mora em Belo Horizonte e ama Minas Gerais. Ele diz que nunca publicou nada, mas a crônica que abaixo foi extraída do livro 'As coisassimpáticas da vida', Landy Editora, São Paulo (SP) - 2005, pág. 82. é de sua autoria.

O SOTAQUE DAS MINEIRAS(F.P.B. Netto)

O sotaque das mineiras deveria ser ilegal, imoral ou engordar. Afinal, se tudo que é bom tem um desses horríveis efeitos colaterais, como é que o falar sensual e lindo das moças de Minas ficou defora? Porque, Deus, que sotaque! Mineira devia nascer com tarja preta avisando: 'ouvi-la faz mal à saúde'. Se uma mineira, falando mansinho, me pedir para assinar um contrato doando tudo que tenho, sou capaz deperguntar: 'só isso?' Assino, achando que ela me faz um favor.
Eu sou suspeitíssimo. Confesso: esse sotaque me desarma. Certa vez quase propus casamento a uma menina que me ligou por engano, só pelo sotaque. Os mineiros têm um ódio mortal das palavras completas... Preferem, sabe-se lá por que, abandoná-las no meio do caminho. Não dizem: pode parar, dizem: 'pó parar' . Não dizem: onde eu estou?, dizem: 'onde queutô'. Os não-mineiros, ignorantes nas coisas de Minas, supõem, precipitada e levianamente, que os mineiros vivem - lingüisticamente falando- apenas de uais, trens e sôs. Digo-lhes que não. Mineiro não fala que o sujeito é competente em tal ou qual atividade. Fala que ele é bom de serviço. Pouco importa que seja um juiz, um jogador de futebol ou um ator de filme pornô. Se der no couro -metaforicamente falando, claro - ele é bom de serviço. Faz sentido.... Mineiras não usam o famosíssimo tudo bem. Sempre que duas mineiras se encontram, uma delas há de perguntar pra outra: 'cê tá boa?' Para mim, isso é pleonasmo. Perguntar para uma mineira se ela tá boa é desnecessário. Vamos supor que você esteja tendo um caso com uma mulher casada.Um amigo seu, se for mineiro, vai chegar e dizer: - Mexe com isso não sô (leia-se: sai dessa, é fria, etc.) O verbo 'mexer', para os mineiros,tem os mais amplos significados. Quer dizer, por exemplo, trabalhar. Se lhe perguntarem com o que você mexe, não fique ofendido. Querem saber o seu ofício. Os mineiros também não gostam do verbo conseguir. Aqui ninguém consegue nada. Você não dá conta. Sôcê (se você) acha que não vai chegar a tempo,você liga e diz: '- Aqui, não vou dar conta de chegar na hora, não, sô.'Esse 'aqui' é outra delícia que só tem aqui. É antecedente obrigatório, sob pena de punição pública, de qualquer frase. É mais usada, no entanto, quando você quer falar e não estão lhe dando muita atenção: éuma forma de dizer 'olá, me escutem, por favor'. É a última instância antes de jogar um pão de queijo na cabeça do interlocutor.Mineiras não dizem 'apaixonado por'. Dizem, sabe-se lá por que,'apaixonado com'. Soa engraçado aos ouvidos forasteiros. Ouve-se a todahora: 'Ah, eu apaixonei com ele?... Ou: 'sou doida com ele' (ele, nocaso, pode ser você, um carro, um cachorro)...Eu preciso avisar à língua portuguesa que gosto muito dela, mas prefiro, com todo respeito, a mineira. Nada pessoal. Aqui certas regras não entram. São barradas pelas montanhas. Por exemplo: em Minas, se você quiser falar que precisa ir a um lugar,vai dizer: - 'Eu preciso de ir.' Onde os mineiros arrumaram esse 'de', aí no meio, é uma boa pergunta.. Só não me perguntem! Mas que ele existe, existe. Asseguro que sim, com escritura lavrada em cartório.No supermercado, o mineiro não faz muitas compras, ele compra um tanto de coisa. O supermercado não estará lotado, ele terá um tanto de gente. Se a fila do caixa não anda, é porque está agarrando lá na frente. Entendeu? Agarrar é agarrar, ora!Se, saindo do supermercado, a mineirinha vir um mendigo e ficar compena, suspirará: '- Ai, gente, que dó.' É provável que a essa altura o leitor já esteja apaixonado pelas mineiras...Não vem caçar confusão pro meu lado! Porque, devo dizer, mineiro não arruma briga, mineiro 'caça confusão'. Se você quiser dizer que talsujeito é arruaceiro, é melhor falar, para se fazer entendido, que ele'vive caçando confusão'.Ah, e tem o 'Capaz'... Se você propõe algo a uma mineira, ela diz:'capaz' !!! Vocês já ouviram esse 'capaz'? É lindo. Quer dizer o quê? Sei lá, quer dizer 'ce acha que eu faço isso'!?com algumas toneladas de ironia.. Se você ameaçar casar com a GiseleBundchen, ela dirá: 'ô dó dôcê'. Entendeu? Não? Deixa para lá. É parecido com o 'nem... Já ouviu o 'nem?...?Completo ele fica: '- Ah, nem?.... O que significa? Significa, amigo leitor, que a mineira que o pronunciou não fará o que você propôs de jeito nenhum. Mas de jeito nenhum. Você diz: 'Meu amor, cê anima d ecomer um tropeiro no Mineirão?'.Resposta: 'nem?... Ainda não entendeu? Uai, nem é nem. Leitor, você é meio burrinho ou é impressão? Preciso confessar algo: minha inclinação é para perdoar, com louvor, os deslizes vocabulares das mineiras. Aliás,deslizes nada. Só porque aqui a língua é outra, não quer dizer que a oficial esteja com a razão.Se você, em conversa, falar: 'Ah, fui lá comprar umas coisas?... -Que' s coisa? - ela retrucará. O plural dá um pulo. Sai das coisas e vai para o 'que'!Ouvi de uma menina culta um 'pelas metade', no lugar de 'pela metade'. E se você acusar injustamente uma mineira, ela, chorosa, confidenciará : -Ele pôs a culpa 'ni mim'. A conjugação dos verbos tem lá seus mistérios, em Minas... Ontem , uma senhora docemente me consolou: 'preocupa não, bobo!'... E meus ouvidos, já acostumados às ingênuas conjugações mineiras nem se espantam. Talvez se espantassem se ouvissem um: 'não se preocupe', ou algo assim. Fórmula mineira é sintética e diz tudo.Até o tchau, em Minas, é personalizado. Ninguém diz tchau, pura e simplesmente. Aqui se diz: 'tchau pro cê', 'tchau pro cês'. É útil deixar claro o destinatário do tchau..."

Poluição Atmosférica com Tese no Biofiltro


A poluição atmosférica é um dos piores tipos de poluição existentes, pois pode acarretar impactos no ambiente e na saúde humana. A revolução industrial, trouxe com suas máquinas e progresso um novo problema de ordem mundial: a poluição atmosférica. A partir de seu surgimento houve um aumento de combustão de carvão, e a poluição começou a ser causada por fábricas, ferrovias e navios. A situação foi se agravando com o avanço dessas tecnologias e o acontecimento de episódios lamentáveis como a nuvem tóxica de uma fábrica de pesticidas que matou 20.000 pessoas, e deixou 120.000 com problemas de saúde em Bhopal na Índia no ano de 1984.
A poluição na atmosfera é causada por contaminantes de diversos locais que sofrem a intervenção do homem, como fábricas, centrais termoelétricas e veículos motorizados, mas pode vir também de meios naturais, como no caso de incêndios florestais, ou das poeiras dos desertos. Os diversos tipos de poluentes podem ser classificados como primários, que são emitidos diretamente no ambiente ou secundários, que são compostos da ação dos poluentes primários na atmosfera.
Os poluentes primários são produzidos principalmente pelo óxido de enxofre, emitido por vulcões, e que causam as chuvas ácidas, também pelos óxidos de azoto, monóxidos de carbono e compostos orgânicos voláteis que juntamente com os poluentes secundários provocam vários problemas de saúde como a ocorrência de dores torácicas, tosse e irritação da garganta, causam também danos nas plantas e no ecossistema terrestre em geral .
Os efeitos mais conhecidos são a acidificação da atmosfera e as chuvas ácidas produzidas pela oxidação das impurezas sulfurosas existentes na maior parte dos carvões e petróleos, o escurecimento global, que causa redução da visibilidade e luminosidade, interferindo no ciclo hidrológico, a destilação global, processo geoquímico pelo qual certos produtos químicos, principalmente os poluentes orgânicos persistentes (POPs), são transportados das zonas mais quentes para as regiões mais frias da terra, e por fim o efeito estufa, processo que ocorre quando uma parte da radiação solar refletida pela superfície terrestre é absorvida por determinados gases presentes na atmosfera, retendo o calor em vez de ser libertado da atmosfera,
Há medidas legais restritivas da queima de combustíveis ricos em enxofre ou poluentes que agridam a camada de ozônio e que obrigam a adoção de tecnologias de redução das emissões de azoto reativo para a atmosfera. Um importante passo na tentativa de amenizar e previnir os problemas causados pela poluição atmosférica é o protocolo de Quyoto que constitui um passo importante na luta contra o aquecimento global, pois apresenta objetivos vinculativos e quantificados de limitação e redução dos gases com efeito estufa.
Há ainda importantes reuniões mundiais para discussão do assunto como o Protocolo de Montreal, um tratado internacional destinado a eliminar progressivamente a produção de uma série de substâncias que se acredita serem responsáveis pela destruição do ozônio, protegendo assim a camada que recobre a terra, temos ainda Conferência de Copenhaguen na Dinamarca, que tem o intuito de preparar os objetivos futuros para substituir o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012.
Das diversas soluções apresentadas para o controle do problema da poluição atmosférica, os ciclones de poeiras que auxiliam na filtragem do gás recolhendo as partículas poluentes, são equipamentos que devem ser utilizados para filtragem em menor escala, pois quando utilizados para filtrar uma grande quantidade de gás não conseguem coletar partículas muito finas. À medida que se aumenta a eficácia, tende-se a reduzir a eficiência em termos energéticos do equipamento devido à maior perda de carga. A eficácia também está diretamente relacionada às características geométricas dos ciclones, que devem ser adequadas ao tipo de partícula e ao fluxo volumétrico de gases.
O precipitador eletrostático, utilizado para recolher material particulado de gases de exaustão, pode ser utilizado com sucesso em indústrias, porém é um equipamento com um valor alto, e que gasta uma grande quantidade de energia em seu funcionamento, resolvendo o problema da poluição, mas agravando o problema do consumo de energia.
O carvão ativado, utilizado na purificação de gases para remover vapores de óleos, cheiros e outros hidrocarbonetos do ar é obtido a partir da queima de determinados tipos de madeira, o que levanta outro problema, pois a as árvores são um dos principais mecanismos de filtragem de todos os gases emitidos, além disso, o carvão ativado é classificado como sólido inflamável de combustão expontânea, se tornando um produto de transporte perigoso.
A melhor solução na filtragem dos gases emitidos são os biofiltros, que consistem na aplicação de microorganismos incluindo bactérias e fungos que são imobilizados no biofilme para degradar os compostos poluentes, eles auxiliam na oxidação da matéria, a eliminam e extinguem assim os compostos indesejados. A biofiltragem é um processo de remoção das impurezas de um fluido, utilizando-se agentes biológicos. Os poluentes são removidos pela barreira mecânica e por biodegradação.
Os biofiltros podem ser feitos de raízes de plantas, ou outros materiais da natureza e se tornam uma boa alternativa para tratamento de água e gás. Filtros deste tipo praticamente não requerem manutenção, sustentando-se pelo próprio ciclo biológico das plantas. Algumas espécies conhecidas são o vetiver e o aguapé que abrigam em suas raízes bactérias mais eficientes na biodegradação destes rejeitos.
A biofiltração oferece bons resultados e possui frequentemente alta eficiência e baixo custo se comparada com outras técnicas de controle de poluentes atmosféricos, possui diversas vantagens sobre os outros mecanismos por ser um processo natural, seguro e ambientalmente correto, além de ser uma tecnologia simples. com baixo custo de manutenção e operação.
A poluição atmosférica, devido ao crescimento da emissão de gases poluentes vem se tornando cada vez mais um problema ambiental mundial, suas consequências podem ser sentidas no aquecimeto global, no efeito estufa e nos sérios problemas que isso causa a todos nós e ao meio ambiente. É necessário que as autoridades competentes tomem medidas para tentar reverter o quadro, antes que o problema tome proporções irreversíveis, mas é necessário também que cada cidadão faça sua parte e escolha o mínimo possível de mecanismos que não contribuam com o ecossistema. Depende de cada um ajudar o planeta.

Li Mendes

Assessoria de Imprensa

1 - Quais são as principais funções da assessoria de imprensa?
O assessor de imprensa tem como principais funções representar uma instituição pública ou privada em suas relações com os meios de comunicação, monitorar e manter a boa imagem pública e a credibilidade junto à imprensa, elaborar releases para a divulgação de eventos, criar vínculos de confiança entre a instituição e a imprensa sedimentando de forma positiva sua representação junto a esses meios com a finalidade de tornar a organização sempre bem vista na mídia.
2 - Qual é a diferença entre assessoria de imprensa e assessoria de comunicação?
A assessoria de comunicação atua estrategicamente em diversas áreas da organização, fazendo a gestão da comunicação e integrando as áreas de relações públicas, propaganda e publicidade, produzindo informação tanto para o cliente externo quanto o interno. A assessoria de imprensa trabalha a imagem midiática da organização, determina o que é ou não notícia para ser produzida para o seu público, e acompanha de perto o envio de informações aos jornais diários, revistas semanais, revistas mensais, revistas especializadas, emissoras de rádio, agências de notícias, sites, portais de notícias e emissoras de tevê.
3 - Com base na Constituição Federal de 1988 e no Código de Ética dos Jornalistas defina a importância da Comunicação Pública enquanto direito social.
A comunicação pública por ser uma comunicação governamental, com base na democracia, se preocupa com a sociedade e trata da propagação de informação realizada pela sociedade civil organizada. A Constituição de 1988, conhecida também como Constituição Cidadã, após um período de forte repressão vivido durante a ditadura militar, veio garantir novamente aos cidadãos seus direitos sociais, colocando o bem estar e a liberdade em primeiro lugar. O jornalista, regido por uma deontologia que tem a verdade como soberana, se torna um forte instrumento para assegurar a liberdade e os direitos sociais previstos nessa mesma constituição.

Li Mendes

Resenha do Curta "Imminente Luna"

O curta Imminente Luna é dirigido por Maurício Lanzara e tem a autoria de Marcus Vinicius de Arruda Camargo, que é autor, produtor e diretor, formado em Artes Cênicas pela Escola de Comunicações e Artes ECA-USP e tem um trabalho voltado para o teatro, cinema e televisão. Na televisão escreveu para o programa infanto-juvenil bambalalão da TV Cultura na década de 80 e já recebeu prêmios como o Prêmio Lei de Incentivo a Cultura, Troféu TV Cultura, e Melhor Curta-Metragem Nacional na 24ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo com o curta Imminente Luna, que é passível de diversas abordagens pela leveza de produção.
O curta apresenta um bom roteiro e já demonstra no diálogo inicial o poder que a palavra tem. O filme conta a história de dois idosos, Matias, representado por Raul Cortez e Ernesto, representado por Emílio Di Biasi, mostrando como superar a luta contra a solidão utilizando para isso o otimismo e as palavras.
Com o poder de sua palavra Matias, no decorrer da história consegue mudar o humor e perspectiva de vida de seu companheiro de quarto em um asilo, fazendo com que ele sonhe e veja um mundo mais otimista através dos seus olhos, pois em momento algum ele consegue ver com seus próprios olhos o que o amigo narra.
No decorrer do filme, percebemos que Matias dita o sentido do seu mundo, criando histórias e situações que ganham um tom de realidade quando Ernesto começa a acreditar. Ele sabe que não poderá sair do quarto, mas cria seu próprio mundo para fugir dali e dessa forma contagia seu companheiro que começa a ver com outros olhos a tristeza e a solidão do local.
Para o filósofo Georg Hegel a liberdade é a única verdade do espírito, e Matias, apesar de saber que o fim de seus dias será naquele local, não se sente assim, ele cria sua liberdade e leva junto consigo o amigo Ernesto.
O curta tem como tema principal a solidão, e o problema colocado pelo autor é a solidão na velhice, pois percebemos que ambos tem histórias para contar, o que é revelado por histórias de família e amigos em um outro momento de suas vidas. No momento em que aparece Matias com cartas dentro de uma gaiola, dizendo que não teve filhos ou família, é revelada uma tristeza com o abandono dos mesmos, e para ele prender aquelas cartas em uma gaiola era como aprisionar suas próprias lembranças.
Na cena em que ele relata a briga de um casal pela janela, transpareceu uma briga com sua própria esposa, com a descoberta de um filho que não era seu. Pela tristeza com que ele conta o fato, não houve um perdão de sua parte e ele acabou perdendo sua família. Mas apesar de tudo ele conseguia repassar fatos tristes de sua vida, dando a leveza e o distanciamento como se fosse a história do outro, pois tudo que acontece com o outro é menos grave do que quando acontece com nós mesmos.
Percebemos que mesmo com a tristeza pela falta de seus entes, ele foge da solidão através do poder da palavra, ele mudou sua história e se tornou mais feliz trazendo para a sua felicidade o seu companheiro de quarto, Ernesto.
O ápice do filme se dá com a partida de Matias, quando Ernesto alcança a janela do quarto e percebe que não há nada mais do que um muro depois da janela, e que os dias de sol, de pessoas acenando eram a imaginação e vontade de mudar a situação de Matias, que alcançou seu objetivo consigo mesmo e com Ernesto que gradualmente foi passando de pessimista a otimista.
Imminente Luna é um curta atrativo e dinâmico, mesmo com pouco cenário e abordando um tema que poderia ser tido como piegas, o autor percebe os momentos exatos de quebra dos diálogos, e o curta ainda conta com a atuação precisa de Raul Cortez e Emílio Di Biasi que mesmo exercendo o papel de narrar, o fazem brilhantemente.

Li Mendes

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