
A competição dos impressos com os meios eletrônicos é um problema ainda maior no caso das revistas semanais de informação. As revistas acabaram por criar um modelo mais analítico e interpretativo de cobertura dos fatos. O jornal diário varia os fatos de um dia para o outro, no caso da revista, segundo Vilas Boas, por ela dispor de um tempo maior para informar, analisar e interpretar o fato, ela não busca extremos de imparcialidade, já que a imparcialidade é um mito da imprensa diária. Um mesmo texto pode conter informação, análise, interpretação e ponto de vista, e outro papel importante da revista semanal de informações é assumir mais declaradamente o papel de formadora de opinião.
Entretanto, mesmo que assuma mais declaradamente esse papel, as revistas não se apresentam como veículos de jornalismo opinativo – a opinião explícita também é separada graficamente das reportagens informativas, ou, mais propriamente, interpretativas: o jornalismo típico de revista é o jornalismo interpretativo, que busca não apenas informar acerca dos fatos, mas buscar os antecedentes, a contextualização e as conseqüências dos fatos noticiados.
A revista diferentemente do jornal compreende uma grande variedade de estilos, além do texto em si, nas revistas temos um conjunto que age em sintonia para formar o texto final, entre os elementos desse conjunto estão a fotografia e o design, tudo pensado de forma a ampliar o entendimento e a absorção do conteúdo pelo leitor.
O texto em revista é mais literário que o texto em jornal, pois admite o uso estético da palavra e recursos gráficos de modo bem mais evidenciado, se tornando mais artística sua produção sob os aspectos da programação visual.
Já dentro da classificação das revistas temos a subdivisão em três grupos que são o grupo das ilustradas, das especializadas e as de informação em geral, é valido observar que quanto mais direcionada à massa e de público amplo for a revista mais o repertório lingüístico será de formas tradicionais e que sejam confirmadas pela sociedade, uma vez que transpõe expressões populares para o seu uso corrente.
Além desses aspectos, as revistas também devem conter em seus textos frases criativas e dar pistas do conteúdo das matérias em seus títulos de forma a estimular o leitor a pensar e ter curiosidade para desvendar o que lhe foi proposto.
No jornalismo de revista também há o uso de critérios de valor, com um esforço muito maior de quem escreve esse tipo de texto, pois não somente noticiam um fato, mas apresentam a notícia em profundidade, sendo objetivos e puxando cordão dos fatos, ou seja, o jornalista apresenta todo o contexto pré e pós notícia, tornando assim o fato muito mais fácil de ser mais do que entendido, compreendido.
O produtor de textos para revistas deve evitar os vazios informativos, identificando as notícias de valor absoluto, que despertam interesse em todos ou na maioria possível de pessoas. Deve-se levar em conta também os critérios da atualidade como o sensacionalismo, que nesse caso pode constituir uma forma de sedução para o leitor.
A função básica das revistas é oferecer aos leitores uma visão geral dos acontecimentos relatados diariamente nos jornais, quando elas tem versões variadas, se torna um atrativo a mais para o leitor, a personalização ameniza a preocupação com a uniformidade das linhas editoriais e também das angulações de cada matéria.
É importante frisar que o texto de revista em conjunto, esconde uma tendência, que é nada mais que a inclinação de seus leitores, nenhuma revista é assinantes totalmente parcial, elas devem ser fiéis principalmente ao perfil de seus que no Brasil, é uma das principais fontes de subsistência das revistas. Escolher os temas que vão compor uma edição de jornal ou revista é a primeira maneira de expor a ideologia de uma empresa jornalística. A decisão sobre o que é, e o que não é notícia acaba sendo fruto de critérios subjetivos dos responsáveis pela seleção da informação a divulgar,mas de qualquer forma a escrita de revista contribui para uma leitura mais crítica e rica em detalhes de informações.´